O Sindap reconhece que a violência urbana pode atingir qualquer pessoa. Casos de assaltos, sequestros, roubos, violência sexual, entre outros são cada vez mais constantes em nosso estado e em todo país. Sabendo dessa situação, as empresas que se preocupam com os seus trabalhadores evitam expô-los a riscos desnecessários. Infelizmente, isso não ocorre somente com funcionários do Sistema Prisional ou de Ressocialização, mas estas situações de exposição podem ter uma atenção especial dos responsáveis pela gestão dos Sistemas, em especial ao próprio Governo do Estado.
Não há como deixar de repudiar a atitude do Diretor da Unidade Prisional de Lauro de Freitas que de forma arbitrária promove o atraso na saída dos trabalhadores, expondo dessa forma ao risco desnecessário, comprometendo a integridade de toda a categoria.
Na última terça, 10, as Monitora de Ressocialização e Diretora Sindical Iara da Paixão Sales, juntamente com outtra Monitora de Ressocialização
sofreram uma tentativa de assalto no terminal de ônibus do aeroporto. Elas retornavam para casa após o plantão de 12h, na unidade Prisional em Lauro de Freitas. Dois assaltantes em uma moto abordaram as trabalhadoras, um deles com a arma em punho, exigiu os seus pertences das trabalhadoras.
O susto as fez reagirem. Elas correram e pediram socorro, abrigando-se em um posto de combustível. As trabalhadoras aguardavam um Uber, pois saíram do plantão em um horário além da jornada. Pelo adiantado da hora, não teriam como pegar ônibus para chegarem em suas residências.
Lamentavelmente, elas são vítimas do descaso com a segurança e integridade física dos trabalhadores. Quando o capitalismo só se preocupa com a mais valia para maximizar o seu lucro. Esta situação tem sido recorrente com vários trabalhadores.
Esta situação abalou a condição de saúde psicológica e emocional das trabalhadoras, que necessitou de atendimento médico. Será necessário que a empresa encaminhe as vítimas para um psicólogo para tratamento, até que as mesmas consigam se recuperar emocionalmente e psicologicamente para realizaram novamente para as suas atividades laborais.
De um modo geral, as empresas precisam investir na condição de trabalho e logística dos trabalhadores. O percurso de casa ao trabalho, duas horas antes e depois da jornada é de responsabilidade das empresas. Esperamos uma posição dos responsáveis do Sistema Prisional do Estado da Bahia sobre este lamentável episódio, em especial do Diretor da Unidade de Lauro de Freitas.